domingo, 11 de abril de 2010

Café

Café...Tem uma coisa que me marcou muito e ainda hoje me marca. Ele já se foi, mas o costume permaneceu. Meus avós maternos tinham o costume de todos os dias depois do almoço tirar uma sonequinha. Era de lei, meu avô ia dormir, enquanto a minha avó finalmente ia descansar das atividades domésticas, era o tempo de ler o jornal, assistir a televisão. Quando dava três da tarde, ela se levantava e ia preparar a mesa para o café da tarde. Bolo quentinho saído do forno, o pão frequinho que vinha da padaria da esquina, geléia de morango e um café passadinho na hora. Com esse cheirinho gostoso, meu avô levantava da cama, lá pelas quatro da tarde e depois de uma passada pelo banheiro para pentear o cabelo com pasta d´agua e um banho de alfazema, ele se sentava na mesa. Café pretinho na xícara de vidro, sempre uma xícara e meia de café, acompanhado pelo bolinho gostoso e pão quentinho com manteiga. Todos os netos já sabiam do café da tarde, então sempre que aparecíamos para visitá-los a tarde, trazíamos algo para complementar o cafézinho. Meu avô já se foi, minha avó ficou firme, mas por um tempo o cafezinho da tarde foi abandonado. Depois de curadas as feridas, voltamos ao nosso hábito. Mesmo depois de casada, cultivo esse hábito, em qualquer lugar que eu estiver, sempre perto das quatro da tarde, eu sento para tomar o pretinho, às vezes acompanhado de alguma guloseima, às vezes puro. Tenho certeza que meu vô sempre me acompanha, todas as tardes, esteja onde estiver, no meu cafezinho da tarde. Seu cabelinho branco, suas risadas gostosas, seus conselhos, são coisas que volto a ver, a sentir, no meu cafezinho da tarde.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Rúcula

Este final de semana foi meio caótico. Estamos nos preparando para o início da reforma do apartamento e também da cozinha!!!! Foram muitas visitas às lojas de material de construção para fazer orçamento e efetivamente comprar o material. Queremos que o apartamento fique bem bonitinho, mas sem ir a falência ou terminar a obra com zilhões de dívidas a pagar. Como foram muitas horas de caminhada pelas lojas escolhendo pisos, azulejos, tintas, rejuntes e argamassas, não tive muito tempo de cozinhar, então o final de semana aqui em casa foi salvo pelo delivery.
Pizza de rúcula com tomate seco foi a escolha para terminar o domingo. Amo rúcula. Andei olhando na internet e ainda bem que gosto de rúcula! O consumo desta folha é excelente para a saúde.

A RÚCULA : É uma hortaliça procedente de áreas do Mediterrâneo e da Ásia Ocidental. Integra a família das Crucíferas, em conjunto com o nabo, o repolho, os brócolis, o agrião, o rabanete e as couves, entre outros. A rúcula cresce entre 10 e 15 centímetros de altura, com folhas alongadas e recortadas. O crescimento é rápido e forma pequenas touceiras.

USOS E PROPRIEDADES: A rúcula tem grande quantidade de vitaminas A e C, potássio, enxofre e ferro. Exerce uma função especial sobre o funcionamento dos intestinos, atuando como antiinflamatório nas colites. É usada em saladas cruas. O suco da rúcula, combinado com o de agrião, provoca uma verdadeira limpeza e desintoxicação do organismo. Mas como o sabor delas é muito forte, e aconselhável misturá-los ao de laranja ou cenoura. Também é indicada no tratamento de gengivites; basta ingerir algumas folhas frescas junto com os talos, pela manhã, mastigando bem, após a higiene da boca e dos dentes


ÉPOCA: Produz melhor no outono e inverno, quando o clima é mais ameno. Na época quente do ano, solta flores amarelas ou brancas, seu crescimento diminui e a qualidade das folhas é prejudicada. Nas áreas de verão mais suave, pode ser semeada o ano inteiro. Em regiões mais quentes, os melhores meses vão de março a agosto.

AO COMPRAR: As folhas devem estar firmes e brilhantes. Ao adquirir um molho, observe se os talos das folhas não estão quebrados; com são muito finos, as folhas ficam caídas e murcham com mais facilidade. Nesse caso, terá que consumi-las o mais rápido possível. As folhas mais novas tem sabor mais delicado, quanto maior a folha, mas picante ela se torna.

ARMAZENAMENTO: Guarde-a em saco plástico na geladeira, e utilize o mais rápido possível, pois a rúcula mela com facilidade.

Fonte: Portal São Francisco (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/rucula/rucula-6.php)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sumiço

Nossa, tem muito tempo que não apareço por aqui! Assuntos particulares tomaram muito meu tempo, coisas muito boas, mas que me deixaram sem tempo sem blogar. Agora com a vida mais ou menos aprumadinha vou voltar a postar aqui algumas receitinhas deliciosas que venho fazendo em casa.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Pressa

Tem momentos em que a gente está morrendo de vontade de comer aquele coisa gostooooosa, mas está sem tempo nenhum de preparar. Fui na despensa dar uma olhada rápida e lá estavam coco-ralado e o leite de coco. Me deu uma vontade de comer cocada! Aquela cocada que é vendida na Bahia, na barraca do acarajé....Mas quem não tem cão, caça com gato...Fiz a cocada rapidinha desse jeito:

Codada rapidinha

-1 lata de leite condensado

- 2 latas de açúcar (lata de leite condensado)
- 100 g de coco ralado

Modo de Fazer:

1. Misture tudo e leve ao fogo sempre mexendo pra não grudar, quando estiver com uma coloração bem passando pra um marronzinho claro pode tirar do fogo
2. Unte uma forma com margarina e despeje a cocada na forma
3. Quando ela ainda estiver esfriando pegue uma faca e corte-a em quadradinhos
4. Quando esfriar totalmente é só desinformar

O gosto é muito bom, mas ainda não é aquela que eu queria comer....Já saí e comprei o coco seco mesmo. Esse final de semana vou fazer a cocada de verdade e prometo que coloco a receita aqui depois.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mais uma da série "Eu não como isso"

Pois é, acho que com jeitinho tudo se consegue, até que um rapazinho que declaradamente não come espinafre, coma com gosto e até repita o prato. Quando comprei o ramo de espinafre (é ramo ou molho? Eu não sei, se estiver errado aqui, me desculpem!), meu marido olhou para mim com cara de nojo e veio com um "Eu não como isso". Decidida a fazer com ele ao menos provasse, fui caçar uma receita que tivesse o espinafre como ingrediente principal e não fosse da cor verde. Passeando pelo livro de receitas, me bati com essa da minha tia. Rocambole. Pois é, fiz a receita, com umas incrementadinhas e coloquei o espinafre como recheio. Coloquei na mesa ainda fumegando, ele olhou desconfiado. Coloquei uma fatia no prato dele, ele olhou torto, tirou um pedacinho pequeninho, provou. "É, até que é comível...". E comeu tudo!!!! Como tinha feito um rocambole enorme (fiz a receita inteira), na noite seguinte tinhamos rocambole de espinafre como prato principal. Ele comeu novamente "É, está gostoso. Não imaginei que isso ficaria bom, eu até comeria de novo". Na terceira noite, não é que ele perguntou se ainda tinha sobrado rocambole?  Mas babau, ele já tinha comido tudo ontem!!! Acho que estou conseguindo fazer com que as refeições aqui em casa fiquem bem saudáveis. Taí a receita que conquistou meu bem:


Rocambole eu-não-gosto-de-espinafre

Ingredientes:


Massa
- 3 unidade(s) de batata grande(s)
- 2 unidade(s) de clara de ovo
- 1/2 xícara(s) (chá) de leite
- 3 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
- 2 colher(es) (sopa) de farinha de rosca
Recheio
- 1 maço(s) de espinafre escorrido(s)
- 6 salsichas (queria usar carne moída, mas não tinha carne em casa)
- 1/2 unidade(s) de cebola média(s)
- 1 dente(s) de alho
- 1 colher(es) (sopa) de azeite de oliva
- 1 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
- 1/2 xícara(s) (chá) de leite
- 1/2 lata(s) de molho de tomate

Modo de preparo:

Massa :
Misture todos os ingredientes, unte levemente uma assadeira com margarina e polvilhe com farinha de rosca. Coloque a massa, salpique farinha de rosca e leve ao forno pré-aquecido até começar a dourar. Retire do forno, vire sobre um pano úmido e enrole sem o recheio para que tome forma.

Recheio:
Em uma panela, refogue a cebola, o alho e o azeite. Junte o espinafre e cozinhe por 5 minutos. Salpique a farinha de trigo, adicione o leite, misture bem e tempere com sal. Deixe no fogo até o creme engrossar.

Montagem:
Desenrole a massa de batata assada, recheie com o creme de espinafre frio e enrole novamente. Cubra com o molho de tomate. Salpique queijo parmesão em cima. Leve ao forno pré-aquecido
 

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bolo de laranja com lavanda

Dia feioso na cidade de São Paulo, tempo cinzento. Para tentar apagar este dia cinza da minha casa, acendi uns incensos de lavanda. Um cheiro tão gostoso. Imagina transformar esse cheirinho delicioso em sabor?

Bolo de laranja com lavanda

- 3 ovos grandes
- 1 1/4 xícaras de suco de laranja
- 1/2 xícara de fubá
- 1 1/2 xícara de farinha de trigo
- 3/4 xícara de óleo
- 1 1/2 xícara de açúcar
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- 2 colheres (café) de flores de lavanda secas
- 1 colh de sobremesa de raspas de laranja

Modo de fazer:

Bata todos os ingredientes liquidos no liquidificador, incorpore aos secos e despeje em forma untada e polvilhada com fubá. Leva para assar em forno pre-aquecido a 180C por 40 a 50 minutos.



quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cheirinho de cozinha de mãe

Hoje foi um dia conturbado, saí muito cedo de casa para ir na faculdade. Pretendia resolver tudo por lá e vir almoçar em casa. Mas bem na hora que estava quase no caminho de casa, eu senti o CHEIRO, ele mesmo aquele cheirinho que remete à infancia, literalmente fui seguindo o cheirinho. Quando "acordei" estava na porta de um restaurante muito simpático dentro do Campus. Já tinha ido nesse lugar algumas outras vezes, mas sempre comendo saladas e verduras, carro chefe da casa. Mas hoje especialmente, o cheiro estava lá, absolutamente inebriante, me chamando e não me deixando ir embora daquele lugar. Não teve jeito, com carinho, e salivando bastante, peguei a bandeja, coloquei o prato e lentamente fui passando por todas as outras opções que estavam ali disponíveis, mas que na minha frente apenas passavam em tons de cinza. Nada naquele momento parecia importar. Uma concha de feijão mulatinho e arroz. E pronto.  Esse não era um feijão qualquer, era igual ao da minha casa, igual ao da minha mãe. Apenas a linguiça calabresa, louro e sal. E só (apesar dos protestos de meu pai para colocar mais carnes no feijão). Aquele caldo espesso que gruda no arroz e hummmm....Enquanto comia ia me lembrando de várias cenas da hora do almoço na minha casa, especialmente nos dias de sábado, que era o dia do feijão. Meu pai dizendo que minha mãe fazia falsa feijoada, ela dizendo que assim era melhor para a saúde dele e de todos nós (assim é melhor, não tem um pingo de gordura! é a frase dela). Nossa que saudade! Já tem quase 5 anos que moro longe da minha família. A gente sempre foi muito unido e a hora da refeição, especialmente o almoço de sábado era aquele onde colocávamos as novidades em dia, onde ríamos das situações que tínhamos vivido naquela semana, enfim, era o nosso momento família. Momento feijão mulatinho com arroz sem um pingo de gordura!